Lançadas as consultas públicas Europa 2020 e Ciência 2.0

06-08-2014 13:31

 

Foi em 2010 que foi aprovada a estratégia Europa 2020, sucessora da Estratégia de Lisboa, e que constitui a atual agenda de desenvolvimento da Europa, com enfoque na inovação, coesão e no emprego. Em abril de 2011, Portugal definiu a sua estratégia nacional de reformas - Portugal 2020 (designação agora adotada para definir o Acordo de Parceria/sucessor do QREN), que visava a implementação da estratégia Europa 2020 em Portugal, e que definia na altura as metas que Portugal devia atingir até 2020 em várias áreas (I&D, Educação, Energia, Emprego e Pobreza).

Passados quase cinco anos, a estratégia Europa 2020 está em fase de consulta pública, como previsto inicialmente. Até 31 de outubro de 2014, e através do portal da Comissão Europeia, qualquer cidadão ou entidade poderá dar o seu contributo para a introdução de melhorias ou reorientação de alguns dos programas ou prioridades, tendo em vista o lançamento de uma nova fase da estratégia Europa 2020, já em 2015. Esta questão é importante para Portugal, dado que o programa nacional de reformas terá (em 2016) de ser ajustado de acordo com o resultado da consulta pública agora em curso, bem como com as prioridades de um novo ciclo político nacional que ocorrerá em 2015.

Aproveitando os produtivos meses de verão, a Comissão Europeia lançou também uma consulta pública sobre a política de Ciência na Europa (Ciência 2.0), que pretende recolher contributos para a definição de uma nova estratégia de I&D e de desenvolvimento científico no espaço europeu. Esta consulta pública (aberta até 30 de setembro de 2014) visa adequar a política científica à realidade da globalização da comunidade científica, do desenvolvimento das TIC e dos desafios societais com que a Europa se defronta (alterações climáticas, envelhecimento da população, etc.). Assim, pretende-se uma política de ciência aberta (open science), quer ao nível da produção, da divulgação e da implementação dos resultados, aumentando a transparência e a circulação do conhecimento no espaço europeu. Espera-se que esta orientação, em linha com o atual paradigma de inovação aberta, tenha reflexo na redefinição das políticas nacionais de Ciência e de Inovação. Assim se espera que aconteça em Portugal.